sábado, 5 de outubro de 2013

29.09.13

Olá blogspot, sinceramente hoje não estava a pensar em falar contigo, mas não tenho Internet, televisão dá merda, não vou sair de casa para não gastar dinheiro, o tempo está mau e sinceramente não de apetece fazer nada, do gênero preparar as coisas para a faculdade e tal, não faço nada mas sinto-me bem em escrever para ti, hoje com pouco assunto, só para passar o tempo.

Gostava de fazer uma retrospetiva do que fui, sou e do que posso vir a ser. A minha vida começou bem, feliz, tinha os meus pais, o meu ATL e grandes amigos de infância cujo a estupidez era muito elevada, sinônimo de muitos sorrisos e gargalhadas. Também fazia natação e comecei a jogar futsal, comecei a frente mas não tinha muito jeito, então pensei: “O jogador de campo joga com os pés, o guarda-redes joga com os pés e com as mãos”, juro que esta frase passou pela minha cabeça quando era puto, ainda bem, fui para a baliza e tinha muito jeitinho. Puto grande e obeso para levar com as bolas, o sonho e qualquer treinador de equipas jovens. Também passei por uma escola em Lisboa, no Rato, algures no 2º ano. Belos tempos, pois como dizem: Os melhores anos de vida são os anos da inocência.
Depois os meus país separam-se, tempos difíceis, muitas discussões, lutas físicas a frente de uma criança que sofria sem merecer. Atualmente isso não me trás nenhum dissabor, já passou, é um exemplo daquilo que não quero ser, se eventualmente puser um puto/a ao mundo.
Depois 2º ciclo, a memoria mais marcante do meu 5º ano foi o meu último dia de aulas, torci o pé e um dos meus melhores amigos partiu o pé, lá fomos os dois contentes para o hospital. Isso foi em 2004, lembro-me porque andava de muletas no tempo do Euro2004... com umas bandeirinhas de Portugal, que puto idiota...
6º ano fui para a localidade onde atualmente moro, não gostei muito nem tenho boas recordações, deixei os meus amigos, e a minha zona de sempre, Sac.
7º ano começa o que se diz na Sociologia, a “2ª fase de socialização do individuo”, maybe, Forte da Casa nha zona (yo), lembro-me que no 1º dia de aulas, a minha mãe levou-me a sala e toda a gente gozou comigo, lembro-me de ir com uma camisola do Tazz (acho que é assim que se chama) e chinelos, basicamente a grifar muito a toa, fui gozado por todos. O inicio foi difícil, não fui muito bem aceite, e nesse ano cheguei andar a porrada com um sócio com uns bons anos a mais que eu, levei tanto na cara, acontece. Quem gostava de mim era quem gostava de pessoas estúpidas...
8º ano acho que o people da pesada bazou da minha turma, integrei-me melhor. E já jogava a dois anos no UDC Forte, a baliza, pesado.
9º ano foi um bom ano, amigos e tal, fim da básica, lembro-me de ter um colega de turma chamado Lenine Mandela, eu gozava com ele só pelo fato de ser preto, houve um dia que o black mais forte da escola queria bater-me, o Lenine, depois eu gozar com ele, foi-me defender e levou um “baçula” por mim, lembro-me de ficar de boca aberta a olhar para ele no chão, a partir daí começamos a falar e a ser amigos, descobri uma pessoa fantástica, alegre e éramos grandes amigos. Gostava de o ver para lhe dar um abraço, pois foi uma das lições mais marcantes da minha vida, isto não se aprende nas faculdades, hoje em dia acho que o nome dele não foi à toa, Nelson Mandela é uma das pessoas que mais admiro, big up! Ferias do 9º ano, foi a 1ª vez que experimentei drogas, na aldeia dos meus avós, com a minha prima, disse-lhe que já tinha fumado, mentira, dei só uns bafinhos...
Secundário, lembro-me de ir envergonhado para essa escola, fui ter com o João porque tinha vergonha de ir para a escola sozinho, mais uma vez juntos na mesma turma, grande tropa comigo mais uma vez. Lá fui eu o “metaleiro”... Quando vi que a minha turma era só homens fiquei parvo, revoltado, pois eu não me tinha inscrevido no quartel dos bombeiros! Hoje em dia olho para trás e não punha lá 1 rapariga, melhor turma de sempre, amizade, companheirismo, tudo, saudades...
lembro-me que 1 era o cigarro, nunca tinha gostado muito, portanto nunca me tinha chamado muito atenção, ainda por cima jogava na 1ª Divisão de Lisboa, e tinha algo a provar. E depois os rivais do CAD andavam pela escola, não queria muito vender a cara. No meu 10º ano, dia 1 de Junho conheci o meu único amor, que pancada, que sentimento, foi uma novidade, ainda por cima uma rapariga linda, inteligente, mais velha. Fica parvo, pois era muita areia para o meu camião. Fiquei a chorar por ela 1 ano, não tivemos nada, um “amigo” meu fala mal de mim a ela, e ela parva acreditava. Mas isso já passou, foi algo muito forte, que atualmente já não existe. Gostava de te ver, sem vergonha, apenas ficaria desiludido se não gostasses de me ver e saber no que me tornei.
12º ano, Sr. Delegado de Turma, boas notas, foi o meu melhor ano escolar, esforçava-me mesmo e tinha boas notas, de vez em quando lá saia um 18/16 a Matemática (By the way, Matemática de curso profissional...) comecei a fumar drogas mais regularmente, não é que tenha cagado para o Desporto, nada disso, apenas foi uma opção que tomei. Comçei a fumar mais regularmente pela curiosidade, por dizerem que é mau, quando via que não era. Queria saber o que era aquilo, apesar de saber que não era bom, e não tencionava fumar muito regularmente ou ficar viciado. Depois veio o estágio, Nuno Santos “O Viseu”, grande homem, gostei de o conhecer, lembro-me que no último dia com ele chorou, gostava de o ver, pessoa muito fixe. Se algum dia instalar o MEO em casa, espero que sejas tu a fazer a instalação :) Até deu-me tempo para estudar para o exame de Matemática B, não ia ao estágio, na avaliação deu-me para escolher as minhas notas, tive 17,35.
Terminado o secundário, e sem escola, precisava de fazer alguma coisa da vida, tinha que arranjar dinheiro rapidamente para pagar o exame de condução, pois tive inteligência de não parar numa passadeira. O tempo urgia e tinha que ser rápido, desesperado entreguei currículos em 3 Mc Donald's, no total enviei uns 40/50 currículos na boa, chamaram-me para a H&M e para o Mc Donald's. Fui a entrevista para a H&M, no Vasco, mas lembro-me de encontrar um tropa lá, não me lembro quem foi, só sei que fomos fumar, portanto fui para a 2ª entrevista todo padrado, resultado: fui dispensado. Portanto fui para o Mc Donald's, 13/10/2011 foi o meu 1º dia, vesti aquela farda e só pensava em despedir-me, odiava o boné, a roupa, tudo, pensei na minha mãe, ganhei força e apresentei-me ao trabalho. O meu 1º ordenado foi 70€, comprei qualquer coisa para o futsal, ou umas calças ou o Ténis da Puma da moda, não me recordo. O 2º ordenado paguei a carta e passei, estava feliz. O dinheiro soube-me bem e mantive-me lá mais tempo, o pessoal também não era de todo fatela, lembro-me de um sócio todo apanhado que fumava, como é óbvio dei-me logo bem com ele. Mas não estava satisfeito com o meu emprego, então decidi pedir a minha antiga professora de português para me dar explicações para ir ao exame nacional, ela aceitou. Professora muito simpática, não me levava muito caro e ajudou-me bastante, desabafava com ela sobre os problemas que tinha em casa, acho que foi nessa altura que estava quase andar a porrada com o meu padrasto, má onda... Agora olho para trás e sei que as drogas já me estavam a consumir, um gajo calmo com eu, quase andar a porrada com uma pessoa com quem moro, WTF?
Prosseguindo, 1º tive 7, na 2ª fase tive 11,6. Não é nada de especial, mas consegui cumprir o meu objetivo estava contente. Candidatar-me ao ensino superior, sentia-me alguém inteligente, tinha superado as minhas expetativas, como na altura achava uma certa piada a Psicologia, mas não tinha nota, decidi candidatar-me a Sociologia, depois de tirar um curso de Programação pensei “Mas há algo mais importante do que as próprias pessoas?”, a sociedade, achava o tema interessante e entrei na minha 1ª escolha, Universidade Nova, a minha prima aconselhar-me porque tinha boa reputação, se soubesse que faculdade é que era não me candidatava, mentalidade muito retrograda, não me agrada muito.
Entrei no turno da noite, por causa da média, o que me custou mais foi deixar o futsal, ainda por cima logo no meu 1º ano de seniores, mas não interpretava isso com um adeus, mas sim como um até já. Tinha sido dispensado do Operário de Lisboa e do Liberdade AC, este último, tenho duvidas da justiça dessa dispensa, mas tudo bem.
Mais uma vez, as coisas mudam, menos uma coisa, a companhia das drogas, fumava mas não faltava as aulas, não me esforçava muito mas cumpria os mínimos(pensava eu). Fiz um trabalho para as minhas colegas passarem, e eu chumbar, na boa. Tive vários 9/8, um 5, basicamente chumbei a todas as cadeiras, no Mc mudaram-me o horário para madrugada ao fim-de-semana, trabalhava 3 dias por semana, ganhava +300€ e tinha transporte para casa, não está nada mau.
Depois veio 2013, quero acreditar que não e um ano de azar, comecei a treinar futsal passado ¾ meses, não me sentia bem, estava muito mau fisicamente e não conseguia correr ¾ minutos. Ainda há uns meses atrás corria kilometros no ginásio e estava a ficar definido, e depois sentia que tinha 80 anos, foi o que disse a médica de família, mas ela achou normal e mandou-me fazer aqueles exames de rotina, como é normal para um jovem de 19 anos, está tudo bem, mas sentia-me mal a mesma. Sinceramente ela queria que fizesse mais exames, mas caguei nela porque vi que não havia conclusão.
4 de Fevereiro, entrei de férias, marquei estas férias já a pensar nos meus anos, nesse dia treinei. No dia seguinte também treinei, dois treinos consecutivos, algo que não fazia a já algum tempo. Dia 6 de Fevereiro, depois de dormir umas 15/16 horas, acordei todo transpirado, a vomitar e estrábico, só me sentia bem na cama, não conseguia comer nada. Atenção que no dia anterior, nem um cigarro tinha fumado, fui para o hospital a noite, depois de lutar muito para não ir, fiquei internado 20 dias, blá blá, sai de lá nem consegui andar 3 minutos seguidos, sem sentir fadiga. Depois veio a toma de células de hormonas de hamster chinês, passei-me, odeio agulhas e nunca pensado em injetar-me, mas depois de lutar muito (mais uma vez), cedi e comecei a tomar, é uma substancia muito boa, não faz mal a ninguém. Nessa altura nem conseguia fumar drogas, lembro-me que no dia que sai o internamento estive a fumar que nem um doido na casa de um tropa, greguei senti-me pálido, fatela. Não fumei mais, lembro-me que nessa altura fumava de mês a mês, mas weed sabia-me a pato, bué bom mesmo. O que mais me ajudou, depois do hospital, foi a natação sentia-me bem em fazer desporto, em recuperar a condição física e em fazer ultrapassagens, significava que não estava assim muito mal. Senti-me mal ao regressar ao trabalho, e nessa altura disseram-me que ia passar a efetivo, mas depois descobri que tinha assinado um contrato de 9 meses, foi muito mau. Decidi que tinha que mudar e encontrar um novo emprego, não foi muito difícil, também call-center não é grande espiga, pessoas ali entram e sai-em tipo que não se passa nada, descartáveis. A mudança de emprego correu bem, mantive os dois durante 1 e mês e tal.
No dia em que entreguei a carta de despedimento, comprei um carro, nunca tinha pensado em fazer duas coisas tão distintas num só dia: despedir-me e comprar um carro. Até fiquei ligeiramente triste em despedir-me do Mc Donald's, afinal de contas foi foram 21 meses lá mas ya, o meu carro foi uma grande alegria para mim, e novo emprego até estava contente com ele. Pairava um turbilhão de pensamentos na minha cabeça em relação ao meu futuro, tinha duvidas em relação a empregabilidade do curso que estava a tirar, não gostava e questionar-me se o valor a pagar seria justo.


Mesmo assim voltei, vamos ver como corre. Em termo de emprego, erro as vezes, mas tento dar o meu melhor, sei que se quiserem-me despedir-me é muito fácil descartarem-me, vamos ver, contratos manhosos, já não deveria estar em formação, mas eles tem a faca e o queijo na mão. O futsal desisti, se-calhar vou mesmo render-me ao chachismo do ginásio no futuro, drogas ainda consumo, apesar de não fumas à uns dias, vou tentar só fumar em festas de Tecchno ou assim, para desanuviar, e também não é muito costume ir a essas festas. Decidi escrever sobre o caminho da minha vida, admito que foi um hora de reflexão bem passada, há coisas que me orgulho no meu passado, outras nem tanto, mas o meu passado são escritas a tinta, que não podem ser apagadas nem modificadas, resta-me pensar bem no que vou escrever em relação ao meu futuro, sempre com a noção que não há corretor para emendar o que irei escrever.

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